quinta-feira, 23 de abril de 2009

Porque degustamos um vinho?

Para aprendermos como degustar um vinho precisamos entender porque degustamos um vinho. Quando analisamos um vinho verificamos três sentidos na ordem, a Aparência (Visão), Nariz (Olfato), Boca (Paladar) e a Conclusão.
Dessa forma que vários jornalistas e especialistas divulgam suas notas para os vinhos. Nesse artigo vou escrever sobre as primeiras impressões, Visão e Olfato.
Ouço muitas pessoas dizerem - Sommelier é tudo metido, ficam "cheirando" o vinho e rodando a taça para dizer que entende. É claro que sempre tem uns "Enochatos" que querem se aparecer girando a taça mais do que o normal ou ficando meia hora "cheirando" o vinho, mas não podemos generalizar. De fato não giramos a taça e "cheiramos" o vinho por charme ou arrogância, existe um significado pra isso.

Degustamos os vinhos:

1) Para termos um registro pessoal dos vinhos.
2) Para ajudar outras pessoas com a descrição dos vinhos.
3) Para determinar a qualidade dos vinhos.
4) Para controlar o progresso do vinho.

Condições ideais para degustar um vinho:

-Ausência de odores
-Boa luz natural
-Superfície brancas e limpas
-Estar com a boca limpa

Visão:

Visualizamos o vinho para saber se ele está turvo ou limpo, com ou sem brilho, sua cor e intensidade. Pela cor podemos identificar se o vinho é jovem ou velho, se ainda está no ponto para consumo ou não.
Para isso uma mesa branca ou um papel branco com boa luz podem ajudar.

Cores básicas dos vinhos:

-Vinhos brancos (Limão, Dourado, Âmbar)
-Vinhos roses (Rosa, laranja)
-Vinhos tintos (Púrpura, Rubi, Granada, Ocre)

Olfato:

Giramos a taça para que o ar com os movimentos empurrem os aromas do vinho para a superfície da taça e apareçam mais no nariz. Tentem fazer isso com um chá, por exemplo e verás a diferença! Não "cheiramos" o vinho e sim sentimos os aromas para saber se ele está bom ou não para o consumo, sua intensidade e complexidade. Os especialistas e profissionais conseguem saber no aroma se o vinho está "estragado" ou não. A intensidade depende do tempo que depois que sentimos o aroma ele permanece no nosso olfato e se ele é leve, médio ou muito pronunciado. A complexidade é analisada conforme o número de família de aromas que encontramos no vinho. Quanto maior o número de famílias e sub-famílias mais complexo o vinho é. Por exemplo: Aromas frutados de frutas vermelhas e frutas secas como framboesa e figo. Quando você está começando e aprendendo não ache estranho e não fique zangado se não encontrar nenhum aroma. Isso é um exercício de prática e com o tempo você começa a sentir naturalmente com a ajuda de um colega ou em curso básico de vinhos.


Na família básica de aromas temos:

-Frutas
-Vegetal
-Floral
-Mineral
-Especiarias
-Outros: Animal, Lácteo etc.

Lembrem-se: A idéia é desse artigo é simplificar e desmistificar alguns mitos de que é impossível entender de vinhos. Degustem e bebam sem neurose!
Desfrute a degustação como uma coisa prazerosa e agradável e não somente teórica e chata.

Se tiverem alguma dúvida terei o prazer de responder.

Forte Abraço!
































Foto : www.otd.com.br/images/Roda-dos-Aromas.jpg

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