terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Você já tomou vinho de San Marino?




Olá amigos! Feliz Ano Novo!

No fim do ano meu sogro Virgínio fez uma viagem que sonho em um dia fazer. Ele foi ao interior da Toscana e San Marino.
San Marino tem apenas 61km2 e é o menor país da Europa com apenas 30 mil Habitantes. Por estar ao sul da Itália é considerado um Estado Italiano nas Montanhas Apeninas e é o mais antigo Estado soberano e república constitucional do mundo!
Ganhei de presente um vinho de San Marino. Confesso que nem sabia que existia vinho fino comercial por lá e fiquei imensamente feliz de tomar um vinho de um país fundado em 301! Não, eu não pesquisei agora para escrever esse post.
Quando abri o presente, coloquei-o para resfriar e disse: - Vamos abrir!
Na hora já liguei o laptop e coloquei SAN MARINO no Google! Enquanto ele resfriava ficamos lendo um pouco da história do país e da vinícola.
Isso é uma das coisas mais maravilhosas que o vinho proporciona. Você pode viajar para um país sem estar lá!
O vinho se chama Brugneto di San Marino 2008 do Consorzio Vini Tipici di San Marino. Tem 85% de Sangiovese, não passa por envelhecimento em barrica e é um vinho agradabilíssimo! Redondo, leve e enche a boca com uma ótima ácidez em equilíbrio.


Vale a pena conhecer o site, você pode traduzir para o Português de tiver o Google Chrome. Tem muita informação da história vinícola e legislação de San Marino além de informações do Consorzio.

Fiquei imaginando o tamanho da pequena produção deles e de como seria a Cantina. Não sei, mas acho que deve ser bem pequena e quase artesanal.
Quem sabe um dia eu não conheça pessoalmente?

Saúde!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Viva o vinho catarinense!


Parabéns ao Luis Horta pela matéria no caderno Paladar do Estado de ontem. Conheci o Nubio Sauvignon Blanc na ExpoVinis de 2008 e na hora decidi colocar na carta do Canvas, também por influencia do ex gerente de A&B, Daniel Senn que adorava esse vinho. Costumo desafiar vários clientes preconceituosos com o glorioso vinho brasileiro Nubio. Nunca ouvi um "Não gostei" Realmente um vinho surpreendente. Acho que já escrevi aqui em um outro post, mas na categoria brancos leves e de aperitivo, é o meu favorito nacional.

Estou ansioso para degustar a safra 2010 que a Sanjo prometeu para dia 15/03. Teoricamente não será a melhor das safras, mas não podemos subestimar os vinhos da Serra Catarinense!

Sei que sou otimista, mas me pergunto, será que estamos no caminho para um terroir de Sauvignon Blanc e Pinot Noir em Santa Catarina? Tomara...

Não podemos esquecer também o potencial dos roses de Santa Catarina, um dos meus favoritos é o da Perico, mas isso é assunto para outro post.

http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos+paladar,brancas-e-jovens-uvas-catarinenses,4337,0.shtm

Saúde!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Aprovada regulamentação da profissão de sommelier




Aprovada regulamentação da profissão de sommelier

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou na quarta-feira (8), em caráter conclusivo, a regulamentação do exercício da profissão de sommelier - profissional que executa serviço especializado de vinhos e de outras bebidas.

Foi aprovado o substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aos projetos de lei 4495/08, do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e 4520/08, do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ambos com o mesmo objetivo. O relator da matéria na CCJ, deputado João Magalhães (PMDB-MG), ofereceu parecer favorável ao substitutivo.

A proposta deve seguir para o Senado, a menos que seja interposto recurso em contrário.

Magalhães elogiou o texto da comissão por ter corrigido um vício de constitucionalidade. “Os projetos exigiam o registro do sommelier junto à Delegacia Regional do Trabalho. Tal exigência, por impor atribuição ao Executivo, constituiria indevida violação à competência privativa do presidente da República”, afirmou.

Serviço especializado
O sommelier, de acordo com a proposta aprovada, é o profissional que trabalha em empresas de eventos gastronômicos, de hotelaria, restaurantes, supermercados, enotecas (coleção de vinhos para exposição) e nos serviços de bordo de companhias aéreas e marítimas.

O texto aprovado restringe o exercício da profissão para quem for habilitado por instituições nacionais ou estrangeiras reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC) ou já esteja exercendo a profissão há mais de três anos.

Fonte: ttp://www2.camara.gov.br


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Gostaria de dar os parabéns aos Exmos. Srs. Deputados pelo projeto de lei de reconhecimento do profissional de sommelier. Estamos dando um grande passo para que se abra mais um mercado de trabalho no Brasil fortalecendo a indústria vinícola nacional.

Os Srs. poderiam criar agora um novo projeto de lei reduzindo o abusivo imposto sobre o vinho nacional. Temos que dar o direito para nossos viticultores concorrerem com os vinhos importados, o que infelizmente não ocorre hoje.

O sommelier, profissional tão escrachado por alguns, tão queridos por outros, os sommeliers que dão duro noite e dia, de segunda à segunda, feriado, natal e ano-novo. Que adora conversar sobre vinhos com clientes e amigos que também compartilham da mesma paixão. A nós sommeliers sortudos, que amamos o que fazemos e que temos a oportunidade de conhecer e degustar milhares de vinhos que muitas vezes não poderíamos comprar pelo que ganhamos.
Parabéns! Viva o Sommelier!

Saúde!

sábado, 27 de novembro de 2010

Porque o vinho é tão caro no Brasil?


Uma das perguntas que mais ouço é - Porque o vinho é tão caro no Brasil? - Porque vinhos nos restaurantes são tão mais caros do que nas lojas?

Muitos amigos e hóspedes estrangeiros fazem essa pergunta quase diariamente. Alguns hóspedes já me disseram que nos Estados Unidos, se paga cerca de U$18, mais ou menos R$ 30 por uma garrafa de Terrazas Reserva Malbec. No Pão de Açúcar o mesmo vinho não sai por menos de R$ 64,90.
Costumo responder que não só o vinho é mais caro no Brasil, mas como quase tudo. Enquanto não houver uma reforma tributária e trabalhista, estaremos vivendo em um dos países de maior custo de vida do mundo. Mas o problema não é só esse, temos um problema cultural em relação ao vinho. O vinho ainda é considerado uma bebida de burguês, difícil de se comprar e entender.
O ideal seria que o custo do vinho baixasse, para que mais pessoas tivessem acesso de compra-los e aí sim criaríamos uma cultura de vinhos no Brasil que hoje não existe.

Há no entanto uma coisa que o Brasil poderia fazer a curto prazo. Nos Estados Unidos, na Argentina, no Chile e na Europa o vinho é tributado como alimento, já que a matéria prima vem do sumo da uva. No Brasil é tributado como bebida alcoólica elevando muito o preço final do vinho para o consumidor final. Não sou economista, mas se o Brasil classificasse o imposto de vinhos como alimentos poderíamos ter uma redução do preço final de pelo menos 20% dos vinhos nacionais e importados. Já seria uma grande festa para os amantes do vinho. Uma bebida que poderia e deveria ser para todos, mas na realidade no Brasil é que poucos podem comprar uma boa garrafa de vinho.
Para se ter uma idéia, um restaurante que compra um vinho de uma importadora ao custo de R$50,00, paga 11,8% de Substituição Tributária (R$5,90), PIS/COFINS sendo respectivamente 1.65% ( R$0,82) e 7.6% ( R$ 3,80) e mais 3,2% de ICMS no valor da venda. Se esse mesmo restaurante vende o vinho a R$70,00, o proprietário pagará R$ 12,76 de impostos, tendo lucro de mísseros R$ 7,24. E hoje restaurantes, empórios e bares são um grande negócio.

É preciso repensar e que os empresários de vinícolas brasileiras se unam para tentar mudar esse quadro no Brasil.


Vinho para todos!


Saúde!